23.12.08

Santo e Feliz Natal

Um velho ermita foi certa vez convidado para ir à corte do rei mais poderoso daquela época.

-Eu invejo um homem santo que se contenta com tão pouco - disse o rei.

- Eu invejo Vossa Majestade que se contenta com menos do que eu - respondeu o ermita.

- Como é que pode dizer isso, se todo este país me pertence? - disse o rei ofendido.

- Justamente - disse o ermita - Eu tenho a música das esferas celestes, tenho o rios e as montanhas do mundo inteiro, tenho a Lua e o Sol, porque tenho Deus na minha alma. Vossa Majestade, porém, tem apenas este reino...

in Maktub, de Paulo Coelho


Com o desejo de que saibamos sempre distinguir o valor dos bens materiais, da verdadeira riqueza

Desejo a todos um Santo e Feliz Natal

7.12.08

Um estado diferente

O que o Primeiro Ministro disse: "Este é o momento em que o país precisa do Estado"

O que eu penso: O país precisa de um Estado que não seja arbitro e jogador no mesmo jogo, de um Estado que regularize e não encubra, de um Estado que fale a verdade em desfavor dos poderes e sociedades ocultas, de um Estado que pague as suas dívidas, de um Estado que encoraje a pluralidade de ideias, de um Estado que ouça e respeite as diferentes classes profissionais, de um Estado incorrupto.

Sim, precisamos do Estado, mas diferente do estado actual...

4.12.08

Aceitam e ficam felizes ?

..."Repararam que Sócrates ou Manuel Pinho, por exemplo, cada vez que falam da crise económica, dizem o mesmo. Comparados com o que se vê no exterior, argumentam eles, nós até nem nos podemos queixar. O mundo inteiro está a ir para trás, mas Portugal vive só estagnado. É melhor do que nada. O subtil raciocínio é que devemos ficar contentes só porque não estamos pior do que os outros. Até a Irlanda, vejam bem, a mítica Irlanda do crescimento acelerado dos anos 90, entrou em recessão. Não é óptimo vivermos num Portugal sempre igual a Portugal e termos um primeiro-ministro que, pelo menos, nos aguenta no nosso atraso?

Já ouvi isto em qualquer lado. Durante o grosso do nosso século XX foi dito aos portugueses que deviam aceitar o que tinham, que não deviam espernear muito. O mundo lá fora era perigoso. Éramos o que éramos. Agora temos uma nova versão deste argumento. Estamos bem porque o mundo está pior. Aceitem e fiquem felizes"...

Pedro Lomba, jurista
(in Diário Económico.com)

12.11.08

Sem tempo

Quem me dera ter mil braços
E poder abraçar o mundo.
Ignorar o cansaço,
Não precisar de um regaço e
Viver cada segundo.
Controlar as horas e os minutos,
Conseguir resgatar o tempo.
Gozar momentos infinitos,
Ser livre como o vento.

Tenho vontade de gritar ao mundo
- Aqui estou para te conquistar…
Vou fazer o que quero,
Aprender tudo o que espero
Sem o tempo para me controlar.
Quero amar a cada momento e
Ter tempo para perder.
Decifrar cada sentimento
Que invada o meu ser.

Estou sem tempo...
P.H.

4.11.08

Algo deve alterar

“O governador do Banco de Portugal fez o historial das operações do BPN, algumas das quais ilegais, que conduziram à actual situação em que os rácios de solvabilidade do banco se encontram abaixo do mínimo legalmente exigido e os capitais próprios negativos, o que configura uma situação de falência técnica. Vítor Constâncio também disse que foram abertos seis processos de contra-ordenação contra o BPN, em Junho, na sequência da descoberta de operações clandestinas.”

(in diário económico.com)

Como já é do conhecimento geral o ministro das finanças, Teixeira dos Santos, anunciou a nacionalização do BPN, ficando a Caixa Geral de Depósitos (CGD) responsável pela sua gestão.

O que a maioria dos portugueses desconhece é o motivo pelo qual se deve o tardio conhecimento (será?) do Dr. Vítor Constâncio (que tem quase o dobro do ordenado do seu homólogo dos Estados Unidos) em relação a esta situação e porque é que só agora o governo intervém, desta feita com dinheiro de todos os portugueses e abrindo precedentes a futuras "salvações" de outros bancos comerciais.

Será necessário alterar as regras de supervisão, ou apenas os responsáveis por quem as aplica?

31.10.08

A qualidade e a crise

Como já tive a oportunidade de escrever neste blogue, perante uma concorrência cada vez mais feroz, a qualidade é factor fundamental para uma empresa, quer seja ela prestadora de serviços ou de venda de produtos (normalmente tem associado uma prestação de serviços, seja ela pré, durante ou pós compra). É pois imperativo que as empresas não menosprezem a qualidade dos seus serviços, pois este é um aspecto que deixou de ser de diferenciação para ser de obrigatoriedade.

Bem sei que a conjuntura mundial apresenta-nos um cenário de desmoralização económica e uma necessidade imensa de retenção de custos. Chegou a altura de as empresa desvendarem o tipo de massa que as constituem. Amealharam quando podiam (e deviam) para agora poder fazer frente a esta situação? Alicerçaram valores de qualidade e visão global do mercado nos seus quadros humanos, que agora mais que nunca precisam de pôr em prática?
Estamos assim diante de uma situação em que se vai separar o trigo do joio relativamente à cultura empresarial vigente no mercado, principalmente das pequenas e médias empresa (PME).
Perante situações de crise as grandes empresas têm obviamente maior capacidade de manobra, no que diz respeito aos recursos disponíveis, sejam eles de ordem social, financeiro ou humano. Deste modo, a sua capacidade de sobrevivência no mercado perante situações menos favoráveis alarga substancialmente quando comparados com as PME. Assim, sob pena de se afundarem na crise que estamos a viver, as empresas de menor porte não podem prescindir do factor que cada vez mais os consumidores procuram – a qualidade do serviço. Não somente no seu core business, mas em todo o ambiente que rodeia a actividade empresarial.
É na altura de maiores dificuldades que os responsáveis empresariais mais devem pensar nos seus clientes. Ao continuarem a servir qualidade, as PME têm a oportunidade de sobreviver à crise. Para ilustrar esta realidade, segue uma pequena história.

É a história de um pequeno restaurante de beira de estrada que servia um frango frito de comer e chorar por mais. O dono era um homem simples, mas um excelente cozinheiro.
O movimento era cada vez maior e foi necessário colocar mesas com guarda-sol para atender melhor a clientela que crescia cada vez mais. Colocou placas na estrada a avisar da proximidade do restaurante e ganhou muito dinheiro com seu pequeno negócio. Tanto que deu para pagar os estudos do seu filho na capital.
Um dia, esse filho voltou com um lindo diploma de administração. E o pai orgulhoso perguntou: Como é que estão as coisas lá na capital?
- Pai, é bom que o senhor comece a tomar medidas. Economizar ao máximo, pois vem aí uma grande crise!
O velho não dormiu naquela noite. Na manhã seguinte começou a pôr em prática um grande esquema de economia: recolheu as mesas com os guarda-sóis para evitar que o sol e a chuva os estragassem, mandou cancelar os contratos com a empresa dos painéis de estrada, fez uma lista dos funcionários que podia dispensar, começou a poupar nos ingredientes e a fechar mais cedo para não pagar horas extras aos empregados. Andava nervoso e o seu semblante ficou mais pesado.
Meses depois, o velho observou que quase não tinha clientes. Os carros passavam na estrada e não davam aquele bendito sinal de pisca-pisca a avisar que iam entrar.
Então, o dono do pequeno negócio pensou e concluiu: o meu filho tinha razão, é uma crise daquelas…!

26.10.08

Para começar a semana a sorrir

Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidencia...

Um deputado vai na rua tranquilamente quando é atropelado e morre. A alma dele chega ao Paraíso e dá de caras com São Pedro na entrada.

- Bem-vindo ao Paraíso! Diz São Pedro. Raramente vemos parlamentares por aqui, então não sabemos bem o que fazer consigo.

- Não há problema, é só deixar-me entrar, diz o antigo deputado.

- Eu bem que gostava, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte: Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Depois, pode escolher onde quer passar a eternidade.

Assim, São Pedro acompanha-o até o elevador e ele desce, desce, desce até ao Inferno.

A porta abre e ele vê-se no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo, o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com o quais havia trabalhado. Todos muito felizes e em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo.

Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar. Quem também está presente é o diabo, uma figura muito amigável que passa o tempo todo a dançar e a contar piadas. Eles divertem-se tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora. Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.

Ele sobe, sobe, sobe e a porta abre-se outra vez. São Pedro está à espera dele. Agora é a vez de visitar o Paraíso.

Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando. Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia acaba-se e São Pedro retorna.

- E então? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna.

- Olha, eu nunca pensei... O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno. Responde o antigo deputado.

Então São Pedro leva-o de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até ao Inferno.

A porta abre-se e ele vê-se no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo. Ele vê todos os seus amigos com as roupas rasgadas e sujas a apanhar o entulho e a coloca-lo em sacos pretos.
O diabo vai ao seu encontro e passa-lhe o braço pelo ombro.

Não estou a entender, gagueja o deputado. Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e divertimo-nos. Agora só vejo lixo e os meus amigos arrasados!

O diabo olha para ele, sorri ironicamente e diz: Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto...

23.10.08

Escola de (pouca) gestão

É verdade que ser professor do 1º e 2º ciclo não é tarefa fácil nos dias que correm. Também não é menos verdade que os professores universitários, sendo eles contra um sistema pouco claro vigente em alguns estabelecimentos do ensino superior, convivem com algumas situações dignas de revolta.

Quando existem professores que são sobrecarregados na sua carga horária e pressionados, com o propósito de leccionarem disciplinas para as quais admitem, com humildade, não possuírem formação adequada, algo vai mal no seio da gestão académica.

No que diz respeito ao corpo discente de algumas Universidades, a vida escolar também não corre de feição, isto claro para aqueles que querem realmente aprender e que valorizam a aquisição de conhecimento ministrado por alguém que sabe realmente do que fala.

Sinto-me injustiçado e penalizado pelo facto de passado quase um mês desde o inicio do presente ano lectivo a escola de ensino superior pública que frequento, que sobrevive em grande parte dos 900 euros de propinas e taxas pagos por mim e por todo o corpo estudantil, não me proporcionar o ensino de uma disciplina técnica, a qual faz parte do programa do 1º semestre de 3º ano, do plano das optativas.Não compreendo como é possível que uma decisão aprovada em concelho pedagógico, que vai no sentido de contratar um técnico para ministrar a disciplina em causa, não esteja ainda posta em prática, decorridos 25 dias após o inicio de aulas.

Ao concelho directivo compete, nomeadamente, dirigir e coordenar as actividades e serviços e promover o desenvolvimento das actividades científicas e pedagógicas. Enquanto órgão máximo da instituição, o conselho directivo tem o dever de se alhear de quezílias internas, rivalidades e de colocar o interesse público acima de qualquer pressuposto ou intenção individual. A excelência não deve ser temida, mesmo quando vem do exterior, ainda mais quando está em causa os interesses e a formação dos seus alunos/clientes.

20.10.08

Um "problema" de fiscalidade

O ministro da Indústria espanhol, Miguel Sebastián, considera que o preço do gasóleo deverá descer abaixo de um euro por litro dentro de duas a três semanas, face aos actuais 1,12 euros o litro. O ministro espanhol prevê que, dada a evolução das cotações do petróleo nos mercados internacionais e a evolução do euro face ao dólar, dentro de duas a três semanas o preço do petróleo deverá voltar a descer abaixo de um euro e a gasolina deverá ficar por esse valor.

Obviamente que em Portugal tais descidas no preço de combustivel são uma miragem, pois a fiscalidade é diferente da aplicada no pais de "nuestros ermanos".
O imposto sobre os produtos petrolíferos é de 30 cêntimos por litro em Espanha e de 36,4 cêntimos por litro em Portugal. Acresce ainda o IVA que é cobrado a 20 por cento em Portugal e a 16 por cento em Espanha. (fonte: Jornal de noticias)

Mesmo sendo a fiscalidade diferente, será que iremos assistir a uma descida acentuada em Portugal, caso se venha e verificar a previsão do ministro espanhol? Ou seja, beneficiaremos de uma redução semelhante em termos relativos? Afinal, a moeda utilizada é a mesma nos dois paises e estamos sujeitos ás mesmas evoluções das cotações do petróleo nos mercados internacionais.

17.10.08

Inovação precisa-se

O tecido empresarial português, no seu grosso modo, aplica planos tácticos de curto prazo em desfavor de estratégias que visem o longo prazo. Obviamente que esta opção tem como justificação a contenção de gastos e a garantia de índices de produção, sempre como pano de fundo a pouca segurança que a conjuntura financeira mundial apresenta.
Na minha opinião, o cerne do problema passa por aqui - a prioridade da manutenção e não da inovação.
Vem este meu comentário na sequência do resultado do último estudo
realizado pela Confederação da Indústria Portuguesa e da Agência Nacional para a Qualificação. Do mesmo tiram-se, entre outras, as seguintes ilações, de acordo com o noticiado no site do Diário Económico.

"Apesar de estarem quase 50 mil licenciados no desemprego, o recrutamento de profissionais com formação superior não faz parte das prioridades da indústria portuguesa nos próximos três anos"...

"Os licenciados não fazem parte das cinco profissões que as empresas do sector industrial pensam recrutar num prazo de um a três anos. Os profissionais de que as empresas têm maior necessidade são os agentes de método, isto é, pessoas com habilitações ao nível do 12º ano de escolaridade, especializadas em controlar tempos e métodos de produção, para garantir os índices de produtividade das empresas."

A aplicação de estratégias empresariais que visem a prosperidade e rendibilidade possuem como base a criatividade e a inovação, visando um conjunto de medidas que apliquem disciplinas como o Marketing, Economia, Engenharia e Sociologia. Ora, a base do conhecimento destas áreas passa pelas Escolas de Ensino Superior, sejam elas Universidades ou Politécnicos. Desfalcadas da mais valia que o conhecimento destas áreas confere aos licenciados, as empresas têm, naturalmente, grandes dificuldades em superar os problemas do mercado, bem como em conseguir a diferenciação face à voraz concorrência.
O mercado português precisa urgentemente de inovação por parte das empresas, por iniciativa própria, e não esperando que o anunciado (e não chegado) choque tecnológico lhes resolva os problemas.

A qualidade deverá ser um objectivo constante de todas as empresas, sejam elas multinacionais ou pequenos negócios emergentes, e julgo que, só será atingida
quando se aliar a experiência à formação, quando os empresários se deixarem de sentir ameaçados pela excelência, mesmo que seja a dos outros, quando conseguirem levantar a voz para defender que deve ser o melhor a vencer, mesmo quando o melhor não são os próprios.

15.10.08

O começo de uma nova fase

Termina hoje em Portugal a fase "Delta" para o cambate a incendios florestais .Cerca de quatro mil elementos, 900 viaturas e 26 meios aéreos, estiveram mobilizados até hoje, a quarta e a penúltima da época de incêndios deste ano.

A partir de amanhã terá então início a fase “Echo”, período criado para dar resposta aos incêndios que surgem fora da época normal. Esta fase terá como principal objectivo manter um conjunto de disponibilidade que irão permitir que Portugal “não seja apanhado desprevenido”.


O relatório provisório da Autoridade Florestal Nacional refere que entre 01 de Janeiro e 30 de Setembro deste ano arderam 12.861 hectares (ha), entre povoamentos (4.395) e matos (8.466), o que representa uma diminuição de 32,2 por cento face a período idêntico do ano passado, quando arderam 18.986 ha. (Público)

Termina também para mim mais uma fase. Foram 3 messes em que participei no combate aos incêndios numa rotina de 24 sobre 24 horas, no quartel dos bombeiros municipais de Alcanena.

Volto hoje para a vida civil e começo mais uma fase da minha vida.

13.10.08

Curioso - 7 séculos e um ano

13 de Novembro de 1307- É preparada uma armadilha à Ordem dos Templários, pelo papa Clemente V sob pressão do Rei Filipe IV de França. São enviados inúmeras missivas com o selo papal para diferentes pontos da Europa com indicações para serem abertos ao mesmo dia e unicamente a uma hora. Nelas figurava informação acusando os Templários de traição à Igreja, e declarando-os hereges, por isso era da maior importância fazê-los desaparecer.Tudo isso porque o Papa e o Rei de França invejavam os tesouros dos templários. A ordem era mais rica que muitos reinos da época. A Ordem dos Templários propriamente dita foi extinta, refugiando-se um pequeno grupo nas Ilhas Britânicas, e em Portugal ,(o convento de Tomar foi um dos abrigos) sob guarda do Rei D. Dinis. Entretanto um grupo de sobreviventes criou a Ordem de Cristo, uma continuação dos Templários, que deu continuidade aos segredos bem guardados da Ordem.

Este evento deu origem à superstição do azar numa sexta feira 13, visto que foi nesse dia que começou a aniquilação da Ordem.

(Fonte: Wikipédia)

Ainda hoje não se sabe quais os verdadeiros propósitos da Ordem dos Templários. Existem vários mitos associados à Ordem dos Cavaleiros do Templo (também asim chamada porque o seu convento principal fora estabelecido junto ao local onde existira o Templo de Salomão, em Jerusalém), a guarda dos segredos sobre o cálice sagrado é um deles. A lenda reza que o verdadeiro cálice sagrado seria o corpo de Maria Madalena, que teria sido mulher de Jesus e dado à luz uma criança. O cálice é uma alusão ao ventre feminino que permitiu a continuidade da linhagem de Cristo. Esta lenda está na base do romance de Dan Brown - O código Da Vinci.