5.5.10

Estarão os mistério do futuro escritos nos encantos do passado?


Existem Obras que, teimosamente, perduram ao longo dos anos sem perder a lucidez intemporal que carregam e o significado da mensagem que transmitem. Admiro essas peças de arte, particularmente as que chegam até mim na forma de Música, Publicidade, Representação e Literatura.
Um destes exemplos surgiu em 1871, quando Eça de Queirós e Ramalho Ortigão começaram a escrever "As Farpas".
"As Farpas" foram publicadas em fascículos entre Maio de 1871 e Novembro de 1872, momento em que Eça de Queirós abandonou a publicação, que continuou a ser escrito apenas por Ramalho Ortigão e que teve continuidade até 1882. (mais informação aqui)

Fica um pequeno trecho escrito em 1872 que ilustra a intemporalidade desta obra.

"...Nós estamos num estado comparável sómente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito.
Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá ...vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par, a Grécia e Portugal".

Pode fazer o download da obra no site da biblioteca nacional digital.

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