30.4.12

As palavras

As palavras sabem-me a fel.
Estão amargas e refugiam-se em desculpas.
Ainda as consigo ouvir. Murmuram mas não agem,
Preferem esconjurar o papel.
No entanto, a folha em branco recusa-se a assumir tais culpas.

Subitamente, as palavras vestem-se de coragem.
Fervilham e desafiam o seu destino,
Procuram nova identidade e lutam por outro começo.
Então, convidam-me a combater...
Mas eu, afundado em pranto declino.


Onde estão as minhas palavras? Não me reconheço.

1 comentário:

mendigate disse...

curioso...