30.4.12

Faça amor, não faça Marketing

Texto retirado na integra do site mundo do marketing


Rasgue todas as suas cartilhas de marketing! Os 4 Ps - Produto, Preço, Praça e Promoção – estão desatualizados. Calma! Não siga ao pé da letra. Acalme-se, eles ainda são mais do que válidos. A proposta é ter uma visão diferente do que Jeromy McCartthy teve em 1960. O motivo é óbvio: a vida evolui. E o grande salto da humanidade não é só ter ideias novas e sim ver as antigas de formas diferentes.

Muito se fala de marketing e das estratégias de vender tudo a qualquer preço. Essemodelo caiu. O Rei está nu. A empresa que têm como missão conquistar apenas a mente e o coração do consumidor está equivocada. Temos que conquistar o espírito. É isso que prega o mago do marketing Philip Kotler em sua abordagem do marketing, na versão 3.0 e é isso que o mercado tem cobrado.

Quando estamos apaixonados, ficamos bobos, nos entregamos totalmente a algo, trabalhamos com amor, nos entregamos de corpo e alma, queremos o bem de nosso bem querer. E é isso que as empresas devem ter com seus consumidores, pois são eles que mantêm a empresa. Eles que deslumbram todos os benefícios de sua marca e seus produtos para os outros consumidores.

Lembre-se de seu 1º beijo. Lembre-se de sua infância, quando a vida lhe fazia mais sentido e o medo de perder, de arriscar, de errar era mera brincadeira. Assim como as crianças são moldadas, os consumidores também o são, e se essa criação não obtiver amor, segurança, afeto, compreensão, compartilhamento, provavelmente essa criança tornar-se-á um adulto frustrado. E um consumidor frustrado deveria ser como uma lágrima para as empresas. Ela está desviada de sua missão, visão e seus valores, sejam eles quais forem.

Sei que muitos empresários vão ler esse material, acredito que muitos vão se questionar: o que estamos fazendo? Qual a nossa obra? O que ficará após partirmos? A resposta é obvia – aliás, o óbvio não nos chama a atenção, pois é apenas óbvio – plante amor para receber afeto. Faça de seus consumidores além de fãs, que se tornem parceiros, colaboradores. Mexa com a vida das pessoas, traga boas lembranças. Exemplo, se você vende detergente para louças, não se foque apenas que sua marca faz mais espuma, é mais eficaz contra a sujeira. Compartilhe a lembrança de que lavar louça é igual a brincar com água quando éramos criança – e como adorávamos banhos de mangueira, mergulho em riachos... – pode ter certeza, você não está vendendo limpeza, você está vendendo nostalgia.

Outro exemplo claro é esse próprio texto publicado aqui, no portal do Mundo do Marketing. Nesse momento tenho a oportunidade de colaborar com o portal, de escrever junto com ele a história da vida das pessoas e da humanidade. Minha relação deixa de ser de consumidor de notícias para ser coautor. Sou paulista de nascimento e paranaense de coração. O Paraná me deu condições de concluir meus estudos, iniciar minha carreira profissional, me apaixonar por uma mulher maravilhosa, e ter uma linda família. E mesmo estando longe, não deixo de seguir, acompanhar, e contribuir com a empresa que deixou de ser empresa, para ser minha parceira. Sim, não se chama só Mundo do Marketing, chama-se Mundo do Marketing e Elizeu Alves. Estamos incorporados.

Assim, deve ser com os consumidores. Eles não querem ser só ficar assistindo, querem participar, co-criar, chamar de seu. Entregue o seu coração e o consumidor corresponderá e como dizia Steve Jobs, como todas as coisas do coração, só tendem a melhorar com o tempo.


Postado por Elizeu Alves - 12/04/2012

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